EVANGELHO DO DIA - 17/11/25 (Lc 18, 35-43)

TEMPO COMUM - 33ª semana

Jesus e o cego


LEITURA:

Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus 1,10-15.41-43.54-57.62-64

Naqueles dias,

brotou uma raiz iníqua,

Antíoco Epífanes, filho do rei Antíoco.

Estivera em Roma, como refém, e subiu ao trono

no ano cento e trinta e sete da era dos gregos.

Naqueles dias,

apareceram em Israel pessoas ímpias,

que seduziram a muitos, dizendo:

"Vamos fazer uma aliança com as nações vizinhas,

pois, desde que nos isolamos delas,

muitas desgraças nos aconteceram".

Estas palavras agradaram,

e alguns do povo entusiasmaram-se

e foram procurar o rei,

que os autorizou a seguir os costumes pagãos.

Edificaram em Jerusalém um ginásio,

de acordo com as normas dos gentios.

Aboliram o uso da circuncisão

e renunciaram à aliança sagrada.

Associaram-se com os pagãos

e venderam-se para fazer o mal.

Então o rei Antíoco

publicou um decreto para todo o reino,

ordenando que todos formassem um só povo,

obrigando cada um a abandonar

seus costumes particulares.

Todos os pagãos acataram a ordem do rei

e inclusive muitos israelitas adotaram sua religião,

sacrificando aos ídolos e profanando o sábado.

No dia quinze do mês de Casleu,

no ano cento e quarenta e cinco,

Antíoco fez erigir sobre o altar dos sacrifícios

a Abominação da desolação.

E pelas cidades circunvizinhas de Judá

construíram altares.

Queimavam incenso

junto às portas das casas e nas ruas.

Os livros da Lei, que lhes caíam nas mãos,

eram atirados ao fogo, depois de rasgados.

Em virtude do decreto real,

era condenado à morte todo aquele

em cuja casa fosse encontrado um livro da Aliança,

assim como qualquer pessoa

que continuasse a observar a Lei.

Mas muitos israelitas resistiram

e decidiram firmemente não comer alimentos impuros.

Preferiram a morte

a contaminar-se com aqueles alimentos.

E, não querendo violar a aliança sagrada,

esses foram trucidados.

Uma cólera terrível se abateu sobre Israel.


Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,35-43

Quando Jesus se aproximava de Jericó,

um cego estava sentado à beira do caminho, 

pedindo esmolas.

Ouvindo a multidão passar,

ele perguntou o que estava acontecendo.

Disseram-lhe que Jesus Nazareno

estava passando por ali.

Então o cego gritou:

"Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!"

As pessoas que iam na frente

mandavam que ele ficasse calado.

Mas ele gritava mais ainda:

"Filho de Davi, tem piedade de mim!"

Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele.

Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou:

"O que queres que eu faça por ti?"

O cego respondeu:

"Senhor, eu quero enxergar de novo".

Jesus disse: 

"Enxerga, pois, de novo.

A tua fé te salvou".

No mesmo instante, o cego começou a ver de novo

e seguia Jesus, glorificando a Deus.

Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.


MEDITAÇÃO:

“Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”


Eis que Jesus se encontra em Jericó, cercado mais uma vez pela multidão que o seguia pelo caminho. Se encontrava próximo, um cego, que ouvindo o barulho e agitação do povo, pergunta quem era que estava ali.

Ao saber que era Jesus, não se conteve, e começa a gritar, chamando-O. É curioso pensar que a mesma multidão que seguia Jesus, procurando escutá-lo, é a que manda o cego se calar. Isso nos mostra que encontramos empecilhos para chegar até Deus, de todos os lugares.

Porém o cego continua a demostrar a sua fé, não se importando com o que lhe falavam, mas grita mais alto. Foi então que Nosso Senhor o ouviu, e mandou que o levassem a sua presença. Os seus esforços foram recompensados, pois estavam, enfim, diante de Jesus.

De forma alegórica, podemos ver na ação do cego, a forma como devemos agir, principalmente para vencer as tentações de nossa vida. Enquanto queremos buscar e encontrar a Deus, tudo a nosso redor, inclusive os nossos sentidos, gritam, tentando nos impedir.

Mas somente quando a nossa vontade está acima dos nossos sentidos e desejos mais superficiais, é que, unindo essa vontade a vontade de Deus, conseguimos chegar ao prémio de, vencendo toda e qualquer tentação, nos encontrar com Ele.


“Vê de novo; tua fé te salvou”


Jesus pergunta ao cego, o que ele deseja. Se Nosso Senhor nos perguntasse hoje, o que desejamos, qual seria a nossa resposta? Essa mesma pergunta, foi feita a um enfermo que ficava à beira da piscina de Betesda (Jo 5, 1-18).

Esse enfermo, porém, não soube o que pedir, e apenas encontrava desculpas para a sua situação. Ao contrário, o cego do Evangelho de hoje, sabia muito bem o que queria: “Senhor, que possa ver novamente”.

A reposta de Jesus, vai além do que o cego pede, pois não apenas recuperou a visão, como também foi justificado, salvo, por sua fé. Eis o que vemos na atitude do cego, uma profissão de fé, em reconhecer em Jesus o ‘Filho de Davi’, o Messias esperado pelo povo. Mesmo cego, já enxergava a Jesus.

É por isso que, todo aquele que não vê em Jesus o nosso Salvado e Redentor, o próprio Deus que veio nos salvar, permanece cego. Que assim como esse homem, que possamos, ao meditar a vida de Cristo, renovar a nossa fé em Jesus, para que possamos verdadeiramente enxergar, conforme a vontade de Deus.

Que Maria Santíssima nos ajude a buscarmos com insistência e perseverança, ao seu filho Jesus, gritando sempre mais alto, ao encontrar os desafios e obstáculos, na certeza de que Ele nos ouve, e deseja que caminhemos até a sua presença.


ORAÇÃO:

Ajudai-nos ó Deus a sermos perseverantes na oração, sem esmorecer ou vacilar, para que na constância da oração, possamos alimentar e purificar a nossa fé, sobretudo na pessoa de vosso Filho Jesus. Que a constância e firmeza da vida de oração, nos cumule das Vossas graças, e nos unindo a Ti e a vossa divida vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.


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