EVANGELHO DO DIA - 15/11/25 (Lc 18, 1-8)

TEMPO COMUM - 32ª semana

Jesus e a multidão

LEITURA:

Leitura do Livro da Sabedoria 18,14-16; 19,6-9

Quando um tranquilo silêncio 

envolvia todas as coisas

e a noite chegava ao meio de seu curso,

a tua palavra onipotente,

vinda do alto do céu, do seu trono real,

precipitou-se, como guerreiro impiedoso,

no meio de uma terra condenada ao extermínio;

como espada afiada, levava teu decreto irrevogável;

defendendo-se, encheu tudo de morte

e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu.

Então, a criação inteira, obediente às tuas ordens,

foi de novo remodelada em cada espécie de seres,

para que teus filhos fossem preservados de todo perigo.

Apareceu a nuvem para dar sombra ao acampamento,

e a terra enxuta surgiu onde antes era água:

o mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido,

e as ondas violentas 

se transformaram em campo verdejante,

por onde passaram, como um só povo,

os que eram protegidos por tua mão,

contemplando coisas assombrosas.

Como cavalos soltos na pastagem

e como cordeiros, correndo aos saltos,

glorificaram-te a ti, Senhor, seu libertador.


Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18, 1-8 

Naquele tempo,

Jesus contou aos discípulos uma parábola,

para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre,

e nunca desistir, dizendo:

"Numa cidade havia um juiz 

que não temia a Deus,

e não respeitava homem algum.

Na mesma cidade havia uma viúva,

que vinha à procura do juiz, pedindo:

'Faze-me justiça contra o meu adversário!'

Durante muito tempo, o juiz se recusou.

Por fim, ele pensou:

'Eu não temo a Deus, 

e não respeito homem algum.

Mas esta viúva já me está aborrecendo.

Vou fazer-lhe justiça,

para que ela não venha a agredir-me!'"

E o Senhor acrescentou:

"Escutai o que diz este juiz injusto.

E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos,

que dia e noite gritam por ele?

Será que vai fazê-los esperar?

Eu vos digo 

que Deus lhes fará justiça bem depressa.

Mas o Filho do homem, quando vier,

será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?"


MEDITAÇÃO:

“Necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer”


No Evangelho de hoje, vemos Jesus contando uma parábola, e logo de início, nos é dito o objetivo dessa parábola: para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer.

Na parábola, eis que existia um juiz que não temia a Deus e ainda por cima, não tratava bem aos homens. É curioso essa junção de características, que só evidenciam que, toda virtude e bondade, vem unicamente de Deus, e quando não o tememos, caímos em nossas fraquezas e vícios.

É o caso desse juiz no qual é dito que não tinha consideração para com os homens. Mas eis que uma viúva, o procura com insistência, pedindo que lhe faça justiça, que olhasse para sua vida e sua causa.

Na época de Jesus, o fato de ser mulher e ainda ser viúva, tirava todo o valor que ela poderia ter, e sendo assim, o juiz não lhe dava ouvidos. Porém com a insistência, e ainda assim, pensando em seus interesses próprios, o juiz atendeu a seu pedido, fazendo-lhe justiça.


“Mas quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?”


Nosso Senhor conclui comparando esse juiz iníquo, pecador, com o justo Juiz, o Pai. Se a insistência da viúva, conseguiu dobrar o juiz injusto, que não se importava com ela, quanto mais alcançará o nosso Pai, que não só importa conosco, mas nos ama incondicionalmente.

Esse deve ser o nosso pensamento quando nos colocamos a rezar, a certeza de que Deus nos ouve, de que deseja conversar conosco e mais, deseja atender as nossas orações. Apesar de “não sabermos o que pedir como convém” (Rm 8,26), Deus nos atende naquilo que necessitamos, e que de fato, nos aproximara Dele, que é a eterna felicidade.

Para isso Jesus nos adverte a seguimos os passos dessa viúva, e persistir na oração, ‘sempre e e sem esmorecer’. Mas Ele vai além, e fala sobre a fé, que é necessária para que haja oração. Somente com a fé, a nossa oração pode chegar a Deus, saindo do nosso coração.

E a fé, não é simplesmente crer em Deus, mas dar a Ele a adesão da nossa vida, em suas palavras e em sua própria pessoa, buscando submeter a nossa vontade, a sua divina vontade que é perfeita.

Roguemos a Virgem Maria, aquele que soube ser sempre perseverante no cumprimento da vontade de Deus, para que nos ajude a também perseverarmos na oração, para que assim, possamos nos encontrar, na oração diária, com o seu filho Jesus, convertendo o nosso coração ao Dele.


ORAÇÃO:

Ajudai-nos ó Deus a sermos perseverantes na oração, sem esmorecer ou vacilar, para que na constância da oração, possamos alimentar e purificar a nossa fé, sobretudo na pessoa de vosso Filho Jesus. Que a constância e firmeza da vida de oração, nos cumule das Vossas graças, e nos unindo a Ti e a vossa divida vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.


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