EVANGELHO DO DIA - 16/10/25 (Lc 11, 47-54)

TEMPO COMUM - 28ª semana

Jesus na mesa com os fariseus


LEITURA:

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 3,21-30

Irmãos,

agora, sem depender do regime da Lei,

a justiça de Deus se manifestou,

atestada pela Lei e pelos Profetas;

justiça de Deus essa, que se realiza

mediante a fé em Jesus Cristo,

para todos os que têm a fé.

Pois diante desta justiça não há distinção: 

todos pecaram

e estão privados da glória de Deus, 

e a justificação se dá gratuitamente,

por sua graça, realizada em Jesus Cristo. 

Deus destinou Jesus Cristo 

a ser, por seu próprio sangue,

instrumento de expiação 

mediante a realidade da fé.

Assim Deus mostrou sua justiça

em ter deixado sem castigo 

os pecados cometidos outrora,

no tempo de sua tolerância.

Assim ainda ele demonstra 

sua justiça no tempo presente,

para ser ele mesmo justo,

e tornar justo 

aquele que vive a partir da fé em Jesus.

Onde estaria, então, 

o direito de alguém se gloriar?

— Foi excluído.

Por qual lei? Pela lei das obras?

— Absolutamente não,

mas, sim, pela lei da fé.

Com efeito, 

julgamos que o homem é justificado pela fé,

sem a prática da Lei judaica.

Acaso Deus é só dos judeus?

Não é também Deus dos pagãos?

Sim, é também Deus dos pagãos.

Pois Deus é um só.


Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 11,47-54

Naquele tempo, disse o Senhor:

"Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas;

no entanto, foram vossos pais que os mataram.

Com isso, vós sois testemunhas

e aprovais as obras de vossos pais,

pois eles mataram os profetas 

e vós construís os túmulos.

É por isso que a sabedoria de Deus afirmou:

Eu lhes enviarei profetas e apóstolos,

e eles matarão e perseguirão alguns deles,

a fim de que se peçam contas a esta geração

do sangue de todos os profetas,

derramado desde a criação do mundo,

desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias,

que foi morto entre o altar e o santuário.

Sim, eu vos digo: 

serão pedidas contas disso a esta geração.

Ai de vós, mestres da Lei,

porque tomastes a chave da ciência.

Vós mesmos não entrastes,

e ainda impedistes os que queriam entrar".

Quando Jesus saiu daí,

os mestres da Lei e os fariseus 

começaram a tratá-lo mal,

e a provocá-lo sobre muitos pontos.

Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa,

por qualquer palavra que saísse de sua boca.



MEDITAÇÃO:

“Ai de vós que edificais os túmulos dos profetas, enquanto foram vossos pais que os mataram!”


Continuamos a meditar o encontro de Jesus com os fariseus e escribas, na casa de um próprio fariseu que o convidou para comerem juntos. Apesar do convite apontar para uma admiração por parte do fariseu a Jesus, vemos que essa admiração é testada na frente de todos.

Com duras palavras, Nosso Senhor escancara a hipocrisia daqueles que deveriam ser os primeiros a ver em sua pessoa, a realização das promessas do Pai, o cumprimento de tudo aquilo que o povo aguardava.

Eis que Jesus cita os profetas, os homens escolhidos e enviados por Deus, para falar em seu nome, orientando e chamando a atenção do povo, sobre suas condutas, principalmente quando elas os afastavam de Deus.

Justamente pela forma como falavam e pelo conteúdo de seus discursos, muitos profetas foram mortos pelo próprio povo, sinal claro da recusa do povo em escutar a voz de Deus, e ao invés de se converterem, continuavam a viver da mesma forma.

Os judeus da época de Jesus, embora com a boca louvassem os profetas, talvez até como uma forma de mostrar ou fingir horror ao que seus antepassados fizeram, porém, demostram fazer o mesmo, e até pior, pois estão diante do profeta dos profetas, aquele que encerra a realização de todas as profecias.

“Ai de vós, legistas, porque tomastes a chave da ciência!”

Assim, fica evidente a hipocrisia deles, que falavam uma coisa, e agiam de outra, e os seus testemunhos, impediam as pessoas de chegar a Deus.

Isso porque era eles quem detinham o conhecimento da Lei e das Escrituras, e essa é justamente a ‘chave da ciência’ da qual Nosso Senhor fala, e que, sendo má vivida e interpretada, impedia o povo de conhecer a Deus e aos seus desígnios.

O que mesmo pode ocorrer hoje, quando buscamos viver a nossa fé, a nossa maneira, sem buscar conhecer a Deus e a sua vontade. Ao viver assim, vamos colocando limites para a ação de Deus em nossa vida, e no nosso amor para com Ele.

Por vezes, parece até uma forma de barganha. Fazemos algumas coisas para Deus, realizamos alguns trabalhos e orações, e achamos que basta. Não buscamos saber a vontade de Deus, com medo de descobrir uma série de mudanças que devemos fazer para alcançar a autentica conversão.

E o pior de viver dessa forma, é que assim como os escribas e fariseus que Jesus está a questionar, vamos dando um mal testemunho da nossa fé, o que pode até impedir alguém de conhecer a Deus verdadeiramente, uma vez que o contato que ele pode ter de Deus, é a partir da nossa vida.

Que façamos o esforço de olhar para a nossa vida, e trazendo a advertência de Jesus, buscar viver a nossa fé, nesse caminho de conhece-Lo, conhecer a Nosso Senhor, que deseja tão somente a nossa felicidade, e libertação do pecado e tudo que nos afasta dele.

Confiando a nossa vida a Maria Santíssima, busquemos a sua intercessão, para não desviarmos os nossos passos e os nossos olhares de seu filho Jesus, na certeza de que toda autentica conversão, passa pela busca em conhecer a Nosso Senhor, e depositarmos Nele toda a nossa vida.


ORAÇÃO:

Deus que tudo sabes e governa com a sua magnífica sabedoria e onisciência, dai-nos compreender aquilo que nos rouba de Ti, aquilo que damos demasiada importância, e que por vezes antepomos ao vosso amor e a vossa pessoa. Que a Vossa graça nos ajude a tirarmos todo empecilho ao vosso amor, para que tenhamos como mais importante, a nossa fé em Ti, e assim passemos a viver para alimenta-la. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


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