EVANGELHO DO DIA - 11/08/25 (Mt 17, 22-27)

TEMPO COMUM - 19ª semana

Jesus e Pedro


LEITURA:

Leitura do Livro do Deuteronômio 10,12-22

Moisés falou ao povo, dizendo:

"E agora, Israel,

o que é que o Senhor teu Deus te pede?

Apenas que o temas e andes em seus caminhos;

que ames e sirvas ao Senhor teu Deus,

com todo o teu coração e com toda a tua alma,

e que guardes os mandamentos e preceitos do Senhor,

que hoje te prescrevo para que sejas feliz.

Vê: é ao Senhor teu Deus que pertencem os céus,

o mais alto dos céus, 

a terra e tudo o que nela existe.

No entanto, foi a teus pais

que o Senhor se afeiçoou e amou;

e, depois deles, foi à sua descendência, 

isto é, a vós,

que ele escolheu entre todos os povos,

como hoje está provado.

Abri, pois, o vosso coração,

e não endureçais mais vossa cerviz,

porque o vosso Deus é o Deus dos deuses

e o Senhor dos senhores,

o Deus grande, poderoso e terrível,

que não faz acepção de pessoas nem aceita suborno.

Ele faz justiça ao órfão e à viúva,

ama o estrangeiro e lhe dá alimento e roupa.

Portanto, amai os estrangeiros,

porque vós também fostes estrangeiros na terra do Egito.

Temerás o Senhor teu Deus e só a ele servirás;

a ele te apegarás e jurarás por seu nome.

Ele é o teu louvor, ele é o teu Deus,

que fez por ti essas coisas grandes e terríveis

que viste com teus próprios olhos.

Ao descerem para o Egito,

teus pais eram apenas setenta pessoas,

e agora o Senhor teu Deus te fez tão numeroso

como as estrelas do céu".


Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 17,22-27

Naquele tempo,

quando Jesus e os seus discípulos

estavam reunidos na Galileia,

ele lhes disse:

"O Filho do Homem 

vai ser entregue nas mãos dos homens.

Eles o matarão, 

mas no terceiro dia ele ressuscitará".

E os discípulos ficaram muito tristes.

Quando chegaram a Cafarnaum,

os cobradores do imposto do Templo 

aproximaram-se de Pedro e perguntaram:

"O vosso mestre não paga o imposto do Templo?

Pedro respondeu: 

"Sim, paga".

Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou:

"Simão, que te parece:

Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem:

dos filhos ou dos estranhos?"

Pedro respondeu: 

"Dos estranhos!"

Então Jesus disse:

"Logo os filhos são livres.

Mas, para não escandalizar essa gente,

vai ao mar, lança o anzol,

e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares.

Ali tu encontrarás uma moeda;

pega então a moeda e vai entregá-la a eles,

por mim e por ti".


MEDITAÇÃO:

“O Filho do Homem será entregue às mãos dos homens e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará”


Jesus diz o seu segundo anúncio sobre a sua paixão. Após a sua transfiguração, quando no alto do monte, revela a sua identidade divina, na presença de Pedro, Tiago e João, eis que Nosso Senhor se coloca em direção a Jerusalém, para cumprir a sua missão.

Essa missão, consiste justamente em dar a sua vida por todos, para a salvação de muitos. Mas como sabemos, a morte foi apenas uma passagem pelo qual precisou passar, para vence-la de dentro, e então sair vitorioso na Ressureição.

Porém os discípulos se entristeceram ao ouvir o que iria ocorrer. Essa tristeza provem justamente do amor que tinham a Jesus, e não conseguiam suportar ouvir essas coisas, imaginando como seria.

E depois, a tristeza pode ainda ser fruto da falta de conhecimento. Justamente por ainda não compreender a necessidade do Sacrifício de Cristo, é que não a conseguiam entender, e assim eram tomados pela tristeza.

A tristeza pode nos abater, justamente quando os nossos planos são contrários aos planos de Deus. E quanto mais demorarmos para perceber isso, mas tristes ficaremos. Devemos nos lembrar que os planos de Deus são perfeitos, e somente seguindo a eles, é que alcançaremos a felicidade.

No céu não existe tristeza, porque lá de fato, Deus reina, com a sua vontade e graça, e aqueles que ali estão, são felizes justamente por viver na vontade divina. Devemos começar, já nessa vida, a buscar e viver, aquilo que Deus quer de nós.


“Vosso mestre não paga a didracma?”


Eis que alguns coletores dos impostos que eram devidos para as necessidades do templo, questionam a Pedro sobre Jesus, querendo saber se Ele paga ou não esse imposto. A princípio Pedro responde, mas depois, Nosso Senhor discorre sobre isso com ele.

Jesus parte do princípio de que, em um reino, o imposto é devido sobre o estrangeiro. Assim sendo, os súditos são isentos do pagamento. Fazendo uma analogia maior, diz que os filhos são isentos.

Segundo o primeiro discurso de Jesus, sobre a sua Paixão, Morte e Ressureição, podemos contemplar essa passagem da didracma, com outro olhar, sobre a dívida que caia sobre nós, a dívida do pecado.

Essa dívida foi paga por Nosso Senhor, que como nesse caso, pagou o imposto para ele e para Pedro, na cruz, pagou a dívida por todos os homens. E ainda mais, Ele que é o Filho único do Pai, nos fez participarmos da sua filiação divina, sendo filhos adotivos.

Dessa forma, somos filhos do Pai, naquele que é o Filho único, e é graças a Ele, que somos isentos de pagar uma divina, que jamais conseguiríamos pagar. Rendamos, pois, graças a Nosso Senhor, e vivamos expressando a nossa gratidão por tamanha salvação.

Peçamos a Virgem Maria que gere em nos, uma verdadeira gratidão, que é expressa em nossos atos, no desejo de submeter a nossa vontade, a vontade divina, sabendo que somente assim, encontramos a felicidade, que é estar com Deus.


ORAÇÃO:

Ó Deus, que na vossa infinita misericórdia, nos enviastes o vosso Filho para pagar a dívida que caia sobre nós, na qual jamais conseguiríamos pagar, dai-nos reconhecer vosso imenso amor, expresso no sacrifício de Cristo na cruz, para que em nossos atos, possamos demostrar a nossa gratidão, amor e desejo de vivermos unidos a Ti, nos submetendo a vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


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