EVANGELHO DO DIA - 12/06/25 (Mt 5, 20-26)

TEMPO COMUM - 10ª semana

Jesus e a multidão


LEITURA:

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 3,15-4,1.3-6

Irmãos,

até ao dia de hoje,

quando os israelitas leem os escritos de Moisés,

um véu cobre o coração deles.

Mas, todas as vezes

que o coração se converte ao Senhor,

o véu é tirado.

Pois o Senhor é o Espírito,

e onde está o Espírito do Senhor,

aí está a liberdade.

Todos nós, porém, com o rosto descoberto,

contemplamos e refletimos a glória do Senhor

e assim somos transformados à sua imagem,

pelo seu Espírito,

com uma glória cada vez maior.

Não desanimamos no exercício deste ministério

que recebemos da misericórdia divina.

E se o nosso evangelho está velado,

é só para aqueles que perecem

que ele está velado.

O deus deste mundo

cegou a inteligência desses incrédulos,

para que eles não vejam a luz esplendorosa

do evangelho da glória de Cristo

que é a imagem de Deus.

De fato, não nos pregamos a nós mesmos,

pregamos a Jesus Cristo, o Senhor.

Quanto a nós, apresentamo-nos como servos vossos,

por causa de Jesus.

Com efeito, Deus que disse:

"Do meio das trevas brilhe a luz",

é o mesmo que fez brilhar a sua luz em nossos corações,

para tornar claro o conhecimento da sua glória

na face de Cristo.


Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,20-26

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos:

"Se a vossa justiça não for maior

que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus,

vós não entrareis no Reino dos Céus.

Vós ouvistes o que foi dito aos antigos:

'Não matarás!

Quem matar será condenado pelo tribunal'.

Eu, porém, vos digo:

todo aquele que se encoleriza com seu irmão

será réu em juízo;

quem disser ao seu irmão: 'patife!'

será condenado pelo tribunal;

quem chamar o irmão de 'tolo'

será condenado ao fogo do inferno.

Portanto, quando tu estiveres levando

a tua oferta para o altar, e ali te lembrares

que teu irmão tem alguma coisa contra ti,

deixa a tua oferta ali diante do altar,

e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.

Só então vai apresentar a tua oferta.

Procura reconciliar-te com teu adversário,

enquanto caminha contigo para o tribunal.

Senão o adversário te entregará ao juiz,

o juiz te entregará ao oficial de justiça,

e tu serás jogado na prisão.

Em verdade eu te digo: dali não sairás,

enquanto não pagares o último centavo".


MEDITAÇÃO:

“Ouviste o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”

No Antigo Testamento, na primeira aliança feita entre Deus e o povo, aquilo que guiava e orientava todo povo, era a Lei. Nela estava manifesto a vontade de Deus, e para segui-lo e encontrar a sua vontade, precisamos seguir os seus mandamentos.

Jesus, porém, agindo como intérprete e legislador da Nova e eterna Aliança de Deus conosco, nos atualiza a Lei divina, nos apontando aquilo que é essencial na Lei. O seu objetivo, não é nos aprisionarmos em uma série de normas a serem seguidas, mas pelo contrário, nos libertar da prisão que o pecado e a vida longe de Deus no leva.

É quando vivemos no pecado, dando vasão as nossas inclinações, buscando fazer apenas aquilo que desejamos, sem limites e sem pensar nas consequências, que nos escravizamos, caindo em vícios que nos dominam e assim, tiram a nossa liberdade.

Assim, Deus nos dá a Lei como um caminho de libertação do pecado, e uma forma de permanecer com Ele. Porém, a Lei em si não tem o poder de nos livrar do pecado, e no Antigo Testamento, por melhor que o povo fosse, poderiam chegar a serem pessoas virtuosas, com o cumprimento dos mandamentos.

Já na Nova Aliança, com Nosso Senhor Jesus e com o Espírito Santo que escreve a sua Lei em nossos corações, o cumprimento dos mandamentos e da vontade de Deus, nos leva a santidade, onde mais do que virtuosos, podemos nos unir a esse Deus que se dá todo a nós.


“Assume logo uma atitude conciliadora com o teu adversário, enquanto estás com ele no caminho”


Jesus nos fala hoje sobre o mandamento que diz ‘não matarás’ e nos mostra que a transgressão dessa Lei, começa quando nos viramos contra o nosso irmão. E ainda nos mostra que a consequência ou a pena, é conforme a gravidade do pecado.

Primeiro temos os tribunais locais, onde era resolvidos pequenos problemas. Podemos compreender que as desavenças que por vezes podemos ter com alguém, deve ser logo resolvida, para nenhum pequeno problema, gere divisão e conflito.

Mas adiante temos o grande Sinédrio, que ficava em Jerusalém. Para lá iam os grandes problemas que não foram resolvidos nos pequenos tribunais. A imagem é de fato de um juiz, que juga os fatos e acontecimentos, dando uma sentença a quem foi condenado.

Nosso Senhor dá um salto ainda maior, ao mostrar que quem não se reconciliar com o irmão, quem se deixar levar pelo ódio, pelo egoísmo, pelo orgulho, e assim viver uma vida longe de Deus e da sua vontade, cai no pior castigo possível: a condenação eterna, na qual Jesus o apresenta com a imagem da ‘geena de fogo’.

Isso nos deve lembrar que nossas ações tem consequências eternas, que tudo aquilo que realizamos em vida, irá nos guiar em nosso destino eterno. Aqueles que, diante do juiz, receberem a sentença da condenação, não o foram porque Deus o expulsou, mas porque as suas atitudes assim o fizeram.

Que busquemos viver na Lei do Senhor Deus, com a certeza de que ela nos liberta, de que ela nos livra do pecado e de nós mesmos, fazendo com que vivamos na alegria de Jesus e no seu amor. Que Maria Santíssima nos ajude a permanecer no amor de Deus, e que possamos assim, estender esse amor ao nosso próximo.


ORAÇÃO:

Ó Deus que nos deixaste a vossa Lei para que não sucumbíssemos aos nossos pecados, ajudai-nos a compreender que vossos mandamentos nos libertam e nos indicam o caminho para encontrar a vossa santa vontade. Que amparados por vossas graças, que nos esforcemos em viver em tudo, a vossa Palavra, transformando a nossa vida em Ti. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


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