SACRAMENTOS - EUCARISTIA

SACRAMENTO DA EUCARISTIA

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1. EUCARISTIA

O Sacramento do Batismo é o mais importante, porém o maior de todos os Sacramentos é a Eucaristia, pois se em cada Sacramento vemos algo da vida de Cristo que vem a nós, na Eucaristia, está o próprio Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Os sinais visíveis e sensíveis desse Sacramento, é o pão e o vinho, na qual na Santa Missa, ocorre a transubstanciação, onde o pão se torna o corpo de Cristo, e o vinho se torna o Sangue de Cristo. 

Isso ocorre pelas mãos do sacerdote que celebra a liturgia, e a ação do Espírito Santo, que se une a Jesus para oferecer ao Pai, uma digna adoração, na qual na Eucaristia, nos também podemos fazer parte.

“Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes da carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós (Jo 6,53)

Na Eucaristia está realmente a presença de Nosso Senhor, e Ele mesmo evidência isso em seu discurso:

“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede. [...] Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo”.  [...] Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,35-54)

Após disser essas palavras, o Evangelho nos diz que muitas pessoas ficaram espantadas, inclusive seus discípulos, a ponto de dizerem “Essa palavra é dura! Quem pode escutá-la?” (Jo 6,60), e diz ainda que a partir de então, muitos de seus discípulos pararam de seguir Jesus. 

Isso ocorreu, porque suas palavras não eram um simples simbolismo ou ‘faz de conta’, mas eram ‘palavras de vida eterna’, na qual realmente Nosso Senhor se dá a nós, no seu corpo e no seu sangue, e isso ocorre na Eucaristia.

“Pois minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe meu sangue permanece em mim, e eu nele” (Jo 6,55-56)

Nosso Senhor ainda lembra que quando o povo estava no deserto, o Pai alimentou a todos com o Maná, o pão descido do céu, na qual todos comiam.

Mas já aponta para o novo pão vivo descido do céu, que é a sua própria pessoa, Nosso Senhor Jesus Cristo, que vem a nós na Eucaristia, para nos alimentar e nos dar a vida eterna. Eis a grandeza desse Sacramento.

A celebração desse Sacramento é o maior culto que podemos prestar ao Pai, em Cristo, na força do Espírito Santo, além de ser a forma pela qual Deus santifica o mundo (CIC 1326). 

É assim o ápice de toda a vida Cristã, como nos ensina o catecismo “A santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa” CIC 1325.


2. SACRIFÍCIO E MEMORIAL

Ao longo de todo o Antigo Testamento, o povo de Deus sempre procurou, de alguma forma, prestar culto a Deus, oferendo sacrifícios de adoração, agradecimento, perdão e comunhão. 

Deus mesmo fez com os homens uma aliança, prometendo nunca nos abandonar. 

Começando com Noé, e depois renovando com Abraão, Isaac e Jacó. Mas foi na libertação do povo do Egito, com Moisés, que o culto prestado a Deus, foi se aperfeiçoando, e o próprio Deus falou ao povo como celebrar:

“Cada um tomará para si um cordeiro por família[...]. O cordeiro será macho, sem defeito e de um ano. [...] Este dia será para vós um memorial, e o celebrareis como uma festa para o Senhor; nas vossas gerações a festejareis; é um decreto perpétuo”. (Ex 12,1-14)

É dessa forma que os judeus celebraram a Páscoa, a sua libertação da escravidão para a liberdade. 

Mas Nosso Senhor Jesus Cristo, assumindo a nossa natureza e se sacrificando na cruz, substituiu os sacrifícios dos cordeiros, feitos pelo povo, por Sua própria pessoa. 

O sacrifício feito pelo povo, era imperfeito, pois ofertavam a Deus, o que já era de Deus, a própria criação, e não tinha poder algum de perdoar os pecadores ou de dar digna adoração ao Pai. 

Porém, o sacrifício de Jesus é perfeito, e feito uma única vez para sempre, perdoa os nossos pecados, e nos devolve para Deus.

“E tomou um pão, deu graças, partiu e deu-o a eles, dizendo: Isso é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória. E depois de comer, fez o mesmo com a taça, dizendo: Essa taça é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramada por vós”. (Lc 22,19-20)

Assim, a celebração da Eucaristia passa a ser o novo ‘memorial’, na qual celebramos a nossa Páscoa. 

Não mais a libertação da escravidão para a liberdade, mas sim, a libertação do pecado, do demônio e da morte. 

Nesse memorial que é a Santa Missa, nós renovamos o sacrifício de Jesus na cruz, porém com uma diferença:

Sacrifício cruento: 

Jesus se entregou por nós, em seu sacrifício na cruz, e o fez de forma dolorosa e sangrenta, onde derramou até a última gota de seu preciosíssimo Sangue;

Sacrifício incruento: 

Na Santa Missa, renovamos o mesmo sacrifício de Jesus, onde ele se dá a nós sacramentalmente, porém sem dor e sem sangue, apenas a entrega livre e amorosa de Nosso Senhor.

Na liturgia, quando celebramos a Eucaristia, repetimos gestos e palavras de Jesus, não simplesmente lembrando do que Ele fez, mas de fato, atualizando a sua ação para hoje, até que Ele venha:

“Todas as vezes, pois, que comeis desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha” (1 Cor 11,26)


3. OS SEUS EFEITOS

O maior feito desse Sacramento é justamente prestar a Deus a devida adoração, de forma perfeita, na qual nenhuma outra maneira é possível. 

E a razão pela qual a fazemos, é justamente a que dizemos na liturgia: “Na verdade é justo e necessário, é nosso dever e nossa salvação, dar-Vos graças sempre e em todo lugar”.


Demais efeitos:

- No sacrifício eucarístico, toda a criação amada por Deus é apresentada ao Pai por meio da morte e da ressureição de Cristo (CIC 1359). 

Assim, a celebração da Eucaristia santifica e atrai não só nós, mas toda a criação de volta para o Pai;

- A igreja inteira está unida à oferta e à intercessão de Cristo (CIC 1369). 

Na liturgia da Santa Missa, unimos toda a Igreja, a militante na terra, a padecente no purgatório e a triunfante no céu, e juntos, louvamos e adoramos a Deus;

- Na Eucaristia, a Igreja, com Maria, está como que ao pé da cruz, unida à oferta e à intercessão de Cristo (CIC 1370). 

Nos unimos a Virgem Maria aos pés da cruz, e assim participamos dos mistérios de Cristo, de sua Morte e Ressureição;

- O sacrifício eucarístico é também oferecido pelos fiéis defuntos “que morreram em Cristo e não estão ainda plenamente purificados (CIC 1371). 

Aplacamos não apenas os nossos pecados, mas também os das almas que estão no purgatório, aguardando para entrar na eternidade;


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