EVANGELHO DO DIA - 29/03/25 (Lc 18, 9-14)

QUARESMA - 3ª semana

o-fariseu-e-o-publicano


LEITURA:

Leitura da Profecia de Oséias 6,1-6

"Vinde, voltemos para o Senhor,

ele nos feriu e há de tratar-nos,

ele nos machucou e há de curar-nos.

Em dois dias, nos dará vida,

e, ao terceiro dia, há de restaurar-nos,

e viveremos em sua presença.

É preciso saber segui-lo

para reconhecer o Senhor.

Certa como a aurora é a sua vinda,

ele virá até nós como as primeiras chuvas,

como as chuvas tardias que regam o solo".

Como vou tratar-te, Efraim?

Como vou tratar-te, Judá?

O vosso amor é como nuvem pela manhã,

como orvalho que cedo se desfaz.

Eu os desbastei por meio dos profetas,

arrasei-os com as palavras de minha boca,

mas, como luz, expandem-se meus juízos;

quero amor, e não sacrifícios,

conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.

Palavra do Senhor.


Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,9-14

Naquele tempo,

Jesus contou esta parábola

para alguns que confiavam na sua própria justiça

e desprezavam os outros:

"Dois homens subiram ao Templo para rezar:

um era fariseu, o outro cobrador de impostos.

O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo:

'Ó Deus, eu te agradeço

porque não sou como os outros homens,

ladrões, desonestos, adúlteros,

nem como este cobrador de impostos.

Eu jejuo duas vezes por semana,

e dou o dízimo de toda a minha renda'.

O cobrador de impostos, porém, ficou à distância,

e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu;

mas batia no peito, dizendo:

'Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!'

Eu vos digo:

este último voltou para casa justificado, 

o outro não.

Pois quem se eleva será humilhado,

e quem se humilha será elevado".


MEDITAÇÃO:

“Este último desceu para casa justificado, o outro não”


Eis que Jesus está diante da multidão, e entre eles, muitos fariseus e judeus que se acham serem justos e melhores dos que os outros. Então Jesus conta a parábola de dois homens que foram ao Templo rezar.

O primeiro homem era um fariseu, conhecedor da Lei e dos costumes, e que em sua oração, se vangloriava de suas obras, atribuindo a si mesmo, o mérito, se achando ser superior aos outros.

Sua alegria estava nas obras que realizava, como o jejum e o dízimo, praticando mais do que a própria Lei pedia. E assim, acreditava ser melhor do que o outro homem que estava ao seu redor.

O segundo homem era um publicano. Geralmente eram os judeus que cobravam impostos, auxiliando assim os romanos. E por isso, era considerados uma das piores pessoas e pecadores públicos.

Em sua oração, não ousava nem levantar a cabeça, mas reconhecendo ser um pecador, implorava o perdão de Deus.

Essas duas orações são apresentadas por Nosso Senhor, na qual nos diz que apenas o publicado teve sua oração atendida por Deus, obtendo aquilo que desejava, o perdão.


“Pois todo o que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”


Na oração do fariseu, vemos muitos sinais de soberba e orgulho, onde não reconhece que aquilo de bom que possa ter feito, veio de Deus, mas acredita que venho de si mesmo.

Assim a sua oração é centralizada nele mesmo, acreditando não precisar de nada, por já ser justo e melhor do que as outras pessoas. Faltando apenas chegar no absurdo, de acreditar que é Deus quem deve algo para ele, por suas obras.

Já o publicano, teve a sua oração atendida, devido a humildade que demostrou. Pois a humildade, nada mais é do o reconhecimento de quem é Deus, e de quem nós somos.

Por isso aquele que é humildade, reconhece que tudo que possui de bom, veio de Deus, o que o leva a ser grato e adorar a Deus por isso. Além disso, reconhece que é pecador, e, portanto, não só precisa da misericórdia de Deus, como sabe que não é melhor do que as outras pessoas.

Diante desses dois exemplos deixados por Jesus, devemos nos voltar para nossas vidas, e avaliar como tem sido a nossa oração, o nosso diálogo com Deus. Se ela parte de um orgulho de acharmos que somos mais do que alguém, ou do fundo do nosso coração, atribuindo a Deus as boas obras, e reconhecendo necessitados do seu perdão.

Que junto a Virgem Maria, que busquemos praticar a virtude da humildade, para que jamais nos percamos daquele que deve ser o centro das nossas vidas e da nossa oração, Nosso Senhor Jesus Cristo.


ORAÇÃO:

Deus de eterna misericórdia que sempre vem em nosso auxílio e está sempre a ouvir as nossas orações, ajudai-nos a viver na virtude da humildade, fugindo do pecado da soberba e do orgulho, reconhecendo e atribuindo todas as nossas boas obras a ti, vos louvando e bendizendo. E reconhecendo ser pecadores, que passemos a vida em penitência, suplicando o vosso perdão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


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